quarta-feira, 9 de março de 2011

Conquistas das mulheres, por Marta Suplicy

Vamos, juntas, trabalhar por mais avanços!                           
                        Postado em 08/03/2011 por Equipe Marta                           
A senadora Marta Suplicy (PT-SP), em entrevista à rádio Eldorado, nesta manhã, falou a Vanessa Di Sevo sobre as conquistas das mulheres, no Dia Internacional da Mulher. Marta comentou a importância de o Brasil ter eleito Dilma Rousseff, para Presidenta. “Faz diferença você só ter homens na televisão, quando o assunto é de grande importância, e termos uma mulher chefe da nação. Essa dimensão não aprendemos ainda. Vai levar um tempo para a gente avaliar, mas acho tão importante quanto a conquista do voto há décadas.”
Marta pontuou os desafios: a mulher entrar na política, o desafio salarial e a questão da violência. “Hoje, o maior é a questão da violência. Na última pesquisa DataSenado com mulheres – 1352 mulheres em 119 municípios – nas perguntas sobre a questão da violência, houve aumento de 15%, em dois anos, de mulheres que conheciam a Lei Maria da Penha. O universo de conhecimento da lei é enorme. Mas as que denunciam mesmo são poucas e a questão maior é o medo.”
A partir dos dados da pesquisa, Marta disse que pensa, no momento, sobre o que fazer. “Na questão de salários, participação na política e da violência é preciso pensar em políticas públicas.” Especificamente, sobre a violência Marta defende que é necessário criar mais casas para abrigo e também a proposta de mais creches, para atender as crianças e, assim, possibilitar mais condições de a mulher buscar emancipação, independência econômica.
Sobre a participação de mulheres na política, Marta lembra que, embora exista a lei de cotas, \"faltam recursos e apoio partidário”. Ela defende mais apoio às candidaturas de mulheres. Marta também falou sobre a dificuldade cultural. “A lei de cotas serviu bem para atrair mais participação de mulheres na disputa para vereadoras, mas para deputadas, principalmente em Brasília, tem a questão cultural. Quando um deputado é eleito, ele vai a Brasília e a família acompanha. Quando a mulher é eleita, há mais dificuldades. É uma questão cultural. Precisa mudar, mas isso leva tempo.
Encerrando a entrevista, Vanessa Di Sevo perguntou sobre a questão da homofobia. Marta explicou que assumiu a relatoria e agora vai conversar com os diferentes grupos que discutem o tema. “O projeto pune quem, de fato, agredir, xingar, discriminar. A lei não resolve o preconceito, mas inibe gestos de preconceito.
Depois da entrevista, em seu twitter, a senadora postou um mensagem às mulheres: ‘Em luta de tantos anos, começamos, em 2011, um novo momento. Vamos, juntas, trabalhar por mais avanços!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário