domingo, 13 de março de 2011

Orgulho de ser Mulher





Orgulho de ser mulher

Escrito por Daniel Adjuto
O Brasil tem a sua primeira Presidenta. Em seu primeiro discurso, Dilma Rousseff ressaltou o poder da mulher brasileira. “Venho abrir portas para que, no futuro, muitas outras mulheres possam ser presidentas e para que todas as brasileiras sintam orgulho de ser mulher", disse.
Dilma entra agora para o hall de mulheres que fizeram história em terras canarinhas. Conheça algumas que revolucionaram o país seja por suas obras, pelo seu jeito de ser ou pela sua beleza.
Dulcina de Moraes (03/02/1908 – 28/08/2006)
A grande dama do teatro nacional é uma mulher importante na história da dramaturgia brasileira. Filha de atores, Dulcina era preocupada com a formação e com a profissionalização dos artistas. Para tal, criou, com recursos próprios, a Fundação Brasileira de Teatro (FBT) no Rio de Janeiro. Atualmente, a fundação está sediada em Brasília e transformou-se na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes.
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irma_dulceIrmã Dulce (26/05/1914 – 13/03/1992)
Baiana de Salvador, a religiosa era apaixonada em servir as pessoas mais necessitadas. Aos 13 anos, reunia pessoas carentes em sua casa oferecendo-lhes comida, atenção e carinho. Tornou-se freira aos 20 anos de idade e dedicou-se a cuidar dos mais pobres. Irmã Dulce construiu uma das maiores e mais respeitadas instiuições filantrópicas do Brasil. Confirmado pelo Papa Bento XVI, a religiosa teve um milagre reconhecido. Sua beatificação está marcada para o dia 22 de maio deste ano.







Zilda Arns (25/08/1934 – 12/01/2010)
Natural de Forquilinha (SC), a médica viveu para ajudar os mais necessitados. Em 1983, fundou a Pastoral da Criança, projeto de assistência social que tem como objetivo salvar crianças carentes da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência. Seu projeto obteve tanto sucesso no Brasil que foi implantada em outros países. Para se ter uma ideia, mais de 2 milhões de crianças menores de seis anos e gestantes são acompanhadas nos 4.063 municípios brasileiros pela Pastoral. Para tamanho público, Zilda Arns arrebanhou mais de 260 mil voluntários que instruem famílias carentes. Atualmente, 27 países são auxiliados pelo projeto de Arns. No dia 12 de janeiro de 2010, Arns foi uma das vítimas do terremoto que devastou o Haiti.
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carmen_essaCarmen Miranda (09/02/1909 – 05/08/1955)
Certamente, foi uma das mulheres mais influentes do Brasil. “O que que a baiana tem?” foi um dos hits emplacados pela cantora. Natural de Portugal, Carmen Miranda foi criada na Lapa carioca e se considerava uma brasileira nata. Foi a primeira artista do país a cantar, dançar e atuar. Foi uma das personagens mais representativas da década de 20. Gravou composições de Ary Barroso, Pixinguinha e Dorival Caymmi. Próximo à Segunda Guerra, foi uma peça-chave para o bom relacionamento entre Brasil e Estados Unidos.








Chiquinha Gonzaga (17/10/1847 – 28/02/1935)
Carioca da gema, compôs sua primeira música aos 11 anos de idade. Foi a autora da primeira música de carnaval do país. Considerada a maior personalidade feminina da história da música popular brasileira, Chiquinha também lutou pelo direito à liberdade no país. Além de tudo isso, ajudou a promover a produção nacional de música e foi a primeira maestrina e pianista de choro, introdutora da música popular nos salões elegantes. Fundou, também, a primeira sociedade protetora dos direitos autorais. Sofreu muitos preconceitos por desafiar os padrões familiares da época em que viveu.
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marthaMartha Rocha (19/09/1936)
A combinação de cabelos loiros e olhos azuis rendeu ao Brasil muitos flashes. Aos 18 anos e contra a vontade de seu pais, participou do concurso Miss Bahia. O título de mulher mais bonita do estado começava a lhe render a fama. Vence, também, o concurso de Miss Brasil e vai aos Estados Unidos disputar o título de Miss Universo. Em 1954, Martha era considerada a favorita para o título por jurados de diversos países. A brasileira ficou em segundo lugar, mas nada que impedisse todo o carinho que despertou no público brasileiro.






Maria Lenk (15/01/1915 – 16/04/2007)
Grande nome do esporte feminino brasileiro,  a natação foi uma opção de tratamento para a pneumonia dupla que a acometia quando tinha 10 anos. Aos 17 anos, entrou para a galera de nadadoras internacionais e foi a primeira atleta sul-americana a competir em Olimpíadas, a de 1932. Foi a percussora do nado estilo borboleta entre as mulheres. Em 1942, abandonou a carreira de nadadora e ajudou na criação da Escola Nacional de Educação Física, no Rio de Janeiro.
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anitaAnita Garibaldi (30/08/1921 - 04/08/1849)
A catarinense de Laguna representa bem o que quer a mulher brasileira. Aos 15 anos, casou-se com um homem escolhido por sua família. Em 1837, já eclodida a Revolução Farroupilha, a jovem conhece o italiano Giuseppe Garibaldi, um dos líderes da revolta. Apaixonada por ele, Anita deixa seu antigo esposo e vai lutar junto a Giuseppe. Anita teve cinco filhos do italiano durante o período da Farroupilha e também durante a fuga para a Itália.







Leila Diniz (25/03/1945 – 14/06/1972)
Considerada o maior ícone da liberdade feminina, Leila sacudiu o país durante suas aparições em públicos que chocavam costumes da época. Musa do Cinema Novo, a atriz desafiava os padrões hollywoodianos aos quais o Brasil estava submetido. Irreverência era a palavra que a descrevia. Para ela, não havia censura. Falava palavrões na televisão, pregava o amor próprio e dizia que era normal trocar de namorado sem dar satisfações a ninguém. Em 1971, foi fotografada em sua imagem mais célebre: posou grávida e de biquíni em meio a praia de Copacabana. Leila era autêntica e espontânea no que fazia.
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Cora-CoralinaCora Coralina (20/08/1889 - 10/04/1985)
Mesmo tendo estudado até a terceira série primária, aos 14 anos escreveu seus primeiros contos e poemas. A poetisa surgiu no cenário literário local ainda na adolescência, ao ajdar na elaboração do jornal A Rosa, em 1907. Em 1910, aos 21 anos de idade, escreveu o conto Tragédia na Roça, que foi publicado no Anuário Geográfico e Histórico, assim, tornou-se conhecida por vários críticos da época pelo pseudônimo Cora Coralina que passou a fazer uso neste meio. É dessa primeira fase de sua vida que Cora extraiu as memórias que compõem a maior parte de seus poemas. Cora Coralina foi e é uma das poetisas mais admiradas do país

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